Há musicas que nos marcam bastante, seja pela sua relevância num certo período da vida, seja pela sua qualidade.
Depois de entrar em contacto com uma das melhores bandas de sempre, os The Who, houve uma música (entre algumas) de que gostei especialmente, e que me ficou no ouvido.
Esta música chama-se "Pictures of Lily".
Ora como acontece com muitas músicas, não percebemos bem o seu significado até as ouvirmos vezes sem conta.
Quando a comecei a perceber, descobri que fala tão somente em esgalhar o pessegueiro, pintar azulejo, espancar o macaco... sim, falava em masturbação. O sujeito não consegue dormir à noite, fala com o pai, o pai dá-lhe uns posters de uma gaja nua para ele colar nas paredes do quarto, e ele passa a dormir mais descansado. É esta a base da história.
Óbvio que, a partir dessa iluminação, se tornou AINDA MAIS favorita, dado que só mesmo génios para fazerem uma tão boa música à volta de um assunto tão constrangedor mas ao mesmo tempo, tão universal como este.
De músicas boas está o mundo cheio, mas esta é particularmente brilhante, tanto pela riqueza musical como pela inocência poética. Ouçam-na. Aposto que gostavam dela automaticamente se não tivessem lido isto primeiro.
No último post fiz prestei homenagem a um senhor chamado Keith Moon. É ele à bateria desta grande banda.
28/12/2007
25/12/2007
To Moon, the Loon.
Um dos melhores bateristas de sempre, de uma das melhores bandas de sempre.
Sempre único, para o melhor e para o pior.
Símbolo de uma geração, de uma época e de um modo de vida.
Que a sua autenticidade seja recordada, e que a sua lenda permaneça viva.
Bom Natal Keith.
Sempre único, para o melhor e para o pior.
Símbolo de uma geração, de uma época e de um modo de vida.
Que a sua autenticidade seja recordada, e que a sua lenda permaneça viva.
There are more stories about Keith Moon and his antics onstage and off than about anyone else in rock music.
And the amazing thing is... most of them are true.
Bom Natal Keith.
24/12/2007
Agracia-mos.
O Natal é uma bonita época. Pessoalmente gosto por dois motivos essenciais, está frio e a lareira está acesa. Também porque posso extorquir o progenitor com maior eloquência, visto que o espírito natalício é a desculpa perfeita para qualquer coisa relativamente barata que me passe pela cabeça.
Estranho, que a maioria das pessoas que desprezam a sua natureza consumista, que mais se focam na sua eminência capitalista e suja sejam as mais sensíveis à reciprocidade natalícia. Esta é tão somente aquela mania "à la Mafiosi" de retribuir, seja o que for, com uma prenda. Mais que o consumismo, é isto que me preocupa.
Eu quero é que se lixem aqueles que dizem que as pessoas são atraídas para esquemas de marketing que, no Natal, as levam à falência. Partindo do princípio que somos todos humanóides, acho que o cérebro tem funções (escondidas!) que permitem evitar essas situações. Só se lixa quem quer, e se não querem cair na ratoeira, deixem de ser ratos.
Preocupa-me muito mais todo o enquadramento do ritual de dar e receber prendas. Deixámos de dar porque gostamos. Passámos, muitos de nós, a dar porque "temos de", porque entrámos num ciclo estúpido de "se tu me dás, eu dou-te igual", começámos a avaliar as prendas recebidas pelo seu valor monetário e não pelo simbólico, deixámos de nos identificar com a ideia de bondade e mais com a de aproveitamento ganancioso e, imagine-se, ofendemo-nos com prendas baratas sem nos ofendermos com a sua ausência.
Amigo meu não o é pela oferenda de um par de meias. Amigo meu não o é por me ter pago um almoço. Se eu, na condição de amigo, faço um favor ou um serviço a outra pessoa, não espero que ela me dê nada no Natal, porque se der, com essa intenção (o que é perfeitamente perceptível) está-me a pagar por algo que eu quero dar, e consequentemente a ofender-me. Aí, com toda a educação, manda-lo-ei enfiar os Mon Chérie na peida.
Claro que, no contexto hipócrito-empresarial, fica sempre bem uma garrafinha de Scotch. O favor material é excelente lubrificante de qualquer relação de negócios e nesse contexto, defendo a lembrança natalícia. Agora, no contexto do grupo de amizades ou, mais flagrantemente, do familiar, acho que as mesquinhices que o Natal gera em muitos, a febre da obrigatoriedade de dar, a necessidade de agraciar para ser agraciado são dos padrões de comportamento mais estupidificantes que existem.
Trata-se de um comportamento desviante e falso, que em nada promove a espontaneidade e a verdadeira amizade, os verdadeiros valores humanos de ... quais eram mesmo?
Aliás, é isso e eu ter recebido um After Shave de uma pessoa que nunca vi na vida. Já sei onde o usar! Obrigado amigo! No próximo Natal eu retribuo!
Estranho, que a maioria das pessoas que desprezam a sua natureza consumista, que mais se focam na sua eminência capitalista e suja sejam as mais sensíveis à reciprocidade natalícia. Esta é tão somente aquela mania "à la Mafiosi" de retribuir, seja o que for, com uma prenda. Mais que o consumismo, é isto que me preocupa.
Eu quero é que se lixem aqueles que dizem que as pessoas são atraídas para esquemas de marketing que, no Natal, as levam à falência. Partindo do princípio que somos todos humanóides, acho que o cérebro tem funções (escondidas!) que permitem evitar essas situações. Só se lixa quem quer, e se não querem cair na ratoeira, deixem de ser ratos.
Preocupa-me muito mais todo o enquadramento do ritual de dar e receber prendas. Deixámos de dar porque gostamos. Passámos, muitos de nós, a dar porque "temos de", porque entrámos num ciclo estúpido de "se tu me dás, eu dou-te igual", começámos a avaliar as prendas recebidas pelo seu valor monetário e não pelo simbólico, deixámos de nos identificar com a ideia de bondade e mais com a de aproveitamento ganancioso e, imagine-se, ofendemo-nos com prendas baratas sem nos ofendermos com a sua ausência.
Amigo meu não o é pela oferenda de um par de meias. Amigo meu não o é por me ter pago um almoço. Se eu, na condição de amigo, faço um favor ou um serviço a outra pessoa, não espero que ela me dê nada no Natal, porque se der, com essa intenção (o que é perfeitamente perceptível) está-me a pagar por algo que eu quero dar, e consequentemente a ofender-me. Aí, com toda a educação, manda-lo-ei enfiar os Mon Chérie na peida.
Claro que, no contexto hipócrito-empresarial, fica sempre bem uma garrafinha de Scotch. O favor material é excelente lubrificante de qualquer relação de negócios e nesse contexto, defendo a lembrança natalícia. Agora, no contexto do grupo de amizades ou, mais flagrantemente, do familiar, acho que as mesquinhices que o Natal gera em muitos, a febre da obrigatoriedade de dar, a necessidade de agraciar para ser agraciado são dos padrões de comportamento mais estupidificantes que existem.
Trata-se de um comportamento desviante e falso, que em nada promove a espontaneidade e a verdadeira amizade, os verdadeiros valores humanos de ... quais eram mesmo?
Aliás, é isso e eu ter recebido um After Shave de uma pessoa que nunca vi na vida. Já sei onde o usar! Obrigado amigo! No próximo Natal eu retribuo!
21/12/2007
Não Travem!
Eu gosto de inventar teorias, e gosto de as aplicar para meu próprio proveito. Como todo o bom teórico, desafio quotidianamente as minhas teorias, testando a sua aplicação prática.
Esta é contextualizada com a minha condição de utente das Estradas de Portugal, nas quais frequentemente me deparo com níveis patogénicos de estupidez, parolice e acefalia às quais tento não ligar. Há no entanto uma que me toca num ponto do meu subconsciente que me faz querer-me atirar contra um rail. As pessoas que travam por tudo e por nada.
Sim, eu concordo com as campanhas de sensibilização contra a velocidade na estrada, mas daí a concordar que a velocidade mata, não. A estupidez sim, mata. Essa é uma verdade tão adquirida como um vegetariano ser uma pessoa eminentemente desinteressante e obtusa. O pedal da direita não é nenhuma tentação malévola do Demo! Ele deve ser usado e bem, o problema é que 90% das pessoas que andam na estrada parecem bipolares, ora acelerando que nem doidos, ora travando perigosamente. E é aqui, senhores, que reside o problema maior do nosso tráfego.
O que eu peço é simples: Não travem! Com tanta gente a berrar contra os altíssimos preços da gasolina, não travar é uma alternativa perfeitamente viável a comprar um Prius (que equivale a cometer um suicídio longo e penoso com uma faca da fruta). Se não se travar, não se tem de acelerar de novo para readquirir a velocidade desejada e isto aplica-se a tantas circunstâncias do vosso circuito diário que ficarão parvos com o quanto pouparão.
Senão vejam-se algumas consequências deste comportamento:
NÃO TRAVEM! Tornar-se-ão melhores pessoas, matarão menos Pandas e já não terão a necessidade de comprar um carro híbrido feito de plástico reciclado de um Playmobil ou de andar de transportes encostado ao senhor com icterícia.
Sejam comedidos na vossa condução quotidiana. Metam um autocolante fluorescente no pedal do meio a dizer "Use with Moderation". Pouparão gasolina, anos de vida, e obrigar-me-ão a ser menos ordinário quando eu próprio tiver de travar atrás da traseira do vosso Hyundai.
Esta é contextualizada com a minha condição de utente das Estradas de Portugal, nas quais frequentemente me deparo com níveis patogénicos de estupidez, parolice e acefalia às quais tento não ligar. Há no entanto uma que me toca num ponto do meu subconsciente que me faz querer-me atirar contra um rail. As pessoas que travam por tudo e por nada.
Sim, eu concordo com as campanhas de sensibilização contra a velocidade na estrada, mas daí a concordar que a velocidade mata, não. A estupidez sim, mata. Essa é uma verdade tão adquirida como um vegetariano ser uma pessoa eminentemente desinteressante e obtusa. O pedal da direita não é nenhuma tentação malévola do Demo! Ele deve ser usado e bem, o problema é que 90% das pessoas que andam na estrada parecem bipolares, ora acelerando que nem doidos, ora travando perigosamente. E é aqui, senhores, que reside o problema maior do nosso tráfego.
O que eu peço é simples: Não travem! Com tanta gente a berrar contra os altíssimos preços da gasolina, não travar é uma alternativa perfeitamente viável a comprar um Prius (que equivale a cometer um suicídio longo e penoso com uma faca da fruta). Se não se travar, não se tem de acelerar de novo para readquirir a velocidade desejada e isto aplica-se a tantas circunstâncias do vosso circuito diário que ficarão parvos com o quanto pouparão.
Senão vejam-se algumas consequências deste comportamento:
- Há filas intermináveis, que causam stress.
- O stress causa que as pessoas acelerem à toa e travem à toa...
- ... causando ainda mais acidentes.
- ... e ainda fazendo com que as pessoas fumem mais, aumentando a incidência de cancro do pulmão.
- É por causa destas pessoas que se gasta ainda mais CO2 do que o necessário.
- ... Matando ursos polares e outros bichos fofinhos.
NÃO TRAVEM! Tornar-se-ão melhores pessoas, matarão menos Pandas e já não terão a necessidade de comprar um carro híbrido feito de plástico reciclado de um Playmobil ou de andar de transportes encostado ao senhor com icterícia.
Sejam comedidos na vossa condução quotidiana. Metam um autocolante fluorescente no pedal do meio a dizer "Use with Moderation". Pouparão gasolina, anos de vida, e obrigar-me-ão a ser menos ordinário quando eu próprio tiver de travar atrás da traseira do vosso Hyundai.
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